Sabia que a páprica nada mais é do que uma série de pimentões secos e moídos? A especiaria, um pó vermelho cheio de sabor, que pode ser doce ou picante e até defumada, foi criada na Espanha, a partir dos frutos levados da América para o continente europeu depois de 1492.
Lá, é usada em refogados que servem de base para vários pratos e outras receitas com batata, arroz e peixes, além do molho romesco.
Não há um tipo específico de pimentão a partir do qual é produzida a páprica. Apesar de ela ter sabores diferentes dependendo do local em que foi fabricada.
Na indústria, a páprica é adicionada a carnes e linguiças defumadas para dar cor e aquele sabor característico que as pessoas erroneamente acreditam ser da carne. Há dois tipos de páprica, a doce e a picante. O que determina seu sabor é o tipo de pimentão utilizado. E também, a versão defumada, que nada mais é do que ela aquecida à seco ou com um pouco de gordura.
As pimentas e os pimentões são frutas (sim, são frutas!) cultivares da espécie Capsicum Annuum. As mais picantes são ricas em uma substância chamada capsaicina. Essa substância estimula o metabolismo do corpo, ajudando a queimar calorias e é um conhecido estimulante circulatório, auxiliando a desintoxicação do organismo. A capsaicina ainda auxilia no controle da pressão arterial e reduz os níveis de triglicérides.
Ajuda a dissolver a fibrina – substância que promove a formação de coágulos – e, quando adicionada às refeições, combate dores de estômago, cãibras e gases. Se você tem dores de garganta constantes, a páprica picante (que contém mais capsaicina) também é um bom remédio caseiro para tratá-las.
No Golfo Pérsico, um tempero aromático muito usado, chamado baharat; tem a páprica como um de seus principais ingredientes. A páprica também é muito utilizada nas cozinhas turca, árabe e bérbere. Mas é na Hungria e na Espanha onde a produção de páprica defumada é de melhor qualidade. Ela também é um ingrediente essencial da mistura encontrada na pimenta síria.
DIFERENÇAS ENTRE PAPRICA DEFUMADA, DOCE E PICANTE
Como já dito, a páprica vem de pimentões desidratados. Acontece que na versão defumada, essa desidratação é feita na fumaça. Isso pode acontecer tanto na versão doce como na picante.
Já a distinção entre páprica doce e picante varia de acordo com o processo de fabricação do condimento.
A principal diferença entre as duas a intensidade do sabor, sendo a páprica picante indicada para quem prefere temperos mais acentuados.
Quando a páprica tem cor mais clara, é porque foi produzida com pimentões sem sementes. Isso confere mais ardor ao paladar. Consequentemente, a páprica mais escura é a considerada doce, que leva esse nome apenas porque não é picante.
PROPRIEDADES E BENEFÍCIOS
Sendo um tipo de pimenta, o pimentão do qual é feita a páprica é rico em vitamina C, um poderoso antioxidante para cicatrização de feridas, formação de colágeno e manutenção da imunidade.
Ela também é rica em vitamina B6, K1, A, potássio e cobre. Esses nutrientes têm funções importantes no organismo, sendo capazes de melhorar o metabolismo, coagular o sangue, manter os neurônios saudáveis, fazer bem para os olhos e reduzir o risco de doença cardíaca, respectivamente. No entanto, uma vez que a páprica é consumida apenas em quantidades muito pequenas, sua contribuição para a ingestão diária é muito pequena.
DICA DE RECEITA LUZAGO: CONTRAFILÉ ESPECIAL NA PÁPRICA
Ingredientes: 500 gramas de contrafilé cortados em bife, 1 colher (café) de sal, 1 colher (sopa) de óleo, 1 colher (café) de pimenta do reino moída e 2 colheres (chá) de páprica doce.
Modo de preparo: Em uma tigela média; junte a carne, o sal, o óleo, a pimenta do reino moída, a páprica doce e misture. Reserve logo após. Aqueça uma frigideira em fogo médio e frite a carne aos poucos, dourando os dois lados. Sirva em seguida, com os acompanhamentos de sua preferência.