PÁSCOA: um tempo de renovação e sabores

Páscoa é uma importante celebração da igreja cristã em homenagem à ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa era celebrada pelos judeus para comemorar a liberdade conquistada pelo seu povo.

Já no Novo Testamento, a Páscoa é a celebração da passagem da morte para a vida, através da ressurreição de Jesus Cristo.

De acordo com o calendário cristão, a Páscoa consiste no encerramento da chamada Semana Santa. No catolicismo, as comemorações referentes à Páscoa começam na “Quinta Feira Santa” com a Missa da Ceia do Senhor. Em seguida, na “Sexta Feira Santa” é celebrada a crucificação de Jesus. O “Domingo de Páscoa”, que celebra a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus discípulos, encerra as comemorações de Páscoa.

A Semana Santa é a última semana da Quaresma, período em que os fiéis cristãos devem permanecer por 40 dias em penitências e períodos de jejum. Apesar disso, as práticas nesta época variam de acordo com a religião em questão. Por exemplo, os cristãos católicos e os cristãos protestantes têm práticas diferentes durante a Páscoa.

O dia da Páscoa foi estabelecido por decreto do Primeiro Concílio de Niceia (ano de 325 d.C), devendo ser celebrado sempre ao domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera (no Hemisfério Norte) e outono (no Hemisfério Sul).

A Páscoa é uma festa móvel

É um tipo de feriado que não ocorre sempre na mesma data no calendário civil, mas tem um período certo para acontecer. Como carnaval, por exemplo. A comemoração da Páscoa costuma ser entre os dias 22 de março a 25 de abril. É comemorada em vários países, principalmente aqueles com fortes influências do cristianismo.

Páscoa judaica

A Páscoa teve a sua origem na história do povo judeu, e o Pessach ou Pesach é uma antiga festa realizada para celebrar a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito, aproximadamente em 1280 a.C.

As festividades começavam na tarde do dia 14 do mês lunar de Nisan. Era servida uma refeição semelhante a que os hebreus fizeram ao sair apressadamente do Egito (o Sêder de Pessach).

Símbolos da Páscoa

A Páscoa é recheada de símbolos representativos, assim como quase todas as celebrações religiosas. A maioria destes símbolos, no entanto, foram sincretizados pela igreja a partir de costumes e rituais pagãos ou de outras religiões.

O coelho da Páscoa, por exemplo, se tornou um dos principais símbolos desta festividade em referência as comemorações feitas pelos povos antigos durante o começo da primavera. Acreditava-se que o coelho era a representatividade da fertilidade e do ressurgimento da vida.

O ovo também é um símbolo da Páscoa, pois representa o começo da vida. Vários povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes a passagem para uma vida feliz. A partir deste costume, surgiram os primeiros Ovos de Páscoa.

Culinária de Páscoa

A gastronomia brasileira é variada, devido à extensão territorial e à formação étnica, basicamente indígena, africana e portuguesa, com influências das correntes migratórias na região litorânea, e hispano-americanas nas fronteiras.

Por isso, mesmo sabendo que durante a Semana Santa há um aumento no consumo de peixe, principalmente na sexta-feira da Paixão, quando a Igreja Católica proíbe a ingestão de carnes vermelhas, não há um prato considerado como típico da Páscoa. Na verdade, existem vários, dependendo da região. Na culinária amazônica ou nortista e do Centro-Oeste predominam os peixes de água doce.

No Nordeste a marca africana é profunda, sobretudo na Bahia, com largo uso de azeite-de-dendê, leite de coco e pimenta. No Sudeste a culinária é tradicionalmente portuguesa, com os acréscimos das correntes migratórias italiana, japonesa e árabe. Na cozinha dos estados do Sul influi a proximidade com argentinos e uruguaios e as migrações alemã, italiana e polonesa.

Os árabes cristãos que vivem no Brasil costumam reunir a família ao redor da mesa no domingo de Páscoa. Os pratos típicos da colônia não faltam na ocasião. E, na sexta-feira Santa, o tradicional bacalhau é acompanhado de alguma comida árabe como risoto e quibe de peixe. Os descendentes de italianos também não dispensam os almoços familiares na Páscoa. No almoço da sexta-feira Santa, o prato de bacalhau com batatas pode ser acompanhado por calzone de cebola. O calzone de carne, a costela de cordeiro servida com polenta ou espaguete aparece nas mesas somente no domingo.

Pratos mais consumidos: bacalhau, peixes diversos, colomba pascal, ovos de chocolate.

DICA DE RECEITA LUZAGO: filé de peixe com batata ao forno

Ingredientes: 350 gramas (ou 2 filés grandes) de peixe (corvina, merluza, tilápia, etc), 1 batata grande, cebola, tomate e pimentão (1 de cada), sal, pimenta e alho à gosto, tempero segredo do chef Luzago e azeite.

Modo de preparo: Corte as batatas em rodelas com cerca de 1cm de espessura. Coloque-as em um refratário que possa ser levado ao forno, untado com azeite, fazendo uma base para o peixe. Tempere as batatas com sal e pimenta do reino. Coloque os filés de peixe por cima da batata, temperados com sal, pimenta, alho e outros temperos que gostar de usar. No meu usei um saché de tempero para peixes. Pique a cebola, o tomate e o pimentão e espalhe por cima do peixe. Coloque alguns fios de azeite por cima e leve ao forno por cerca de 30 minutos ou até a água do peixe secar.

Basta tirar do forno e servir. Bom apetite!

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