ARROZ NEGRO: sabor exótico, funcional e saudável

O arroz negro, apesar de pouco utilizado na culinária, é um alimento cheio de benefícios e que vale a pena ser incluído no cardápio. Cultivado há mais de quatro mil anos na China, o grão era conhecido como “arroz proibido”, pois, por ser raro e saboroso, só podia ser consumido pelo Imperador Chinês e sua família. Hoje o arroz negro pode ser encontrado nas prateleiras dos supermercados.

Segundo especialistas, o grão mantém sua película externa (geralmente retirada do arroz branco) que é rica em vitaminas A, B1, B2, B6, B12, cálcio, magnésio, ferro e zinco. Também apresenta 30% a mais de fibras e 20% a mais de proteínas quando comparado com o arroz branco, e possui menos gordura do que o arroz integral, além de menor valor calórico e elevado teor de ferro. 

Quando o alimento é consumido regularmente, suas fibras ajudam a regular o intestino, além de controlar a glicemia, evitando cargas demasiadas de insulina. O exótico grão também reduz as taxas de colesterol. Se consumido continuamente por longo período, ele ainda previne câncer, doenças degenerativas e problemas cardiovasculares.

Arroz negro X arroz integral

Quem está acostumado com o sabor e o formato do arroz integral pode estranhar o negro. O grão, escuro, curto e arredondado, tem textura firme, sabor amendoado e aroma diferenciado. O preço também está longe de ser parecido: 500 gramas do grão custa R$ 15,00 em média.

Quando comparado ao arroz integral, as calorias do negro não mudam muito. Para 100g a diferença é de 359 calorias no arroz negro contra 362 calorias no arroz integral. A grande diferença está nas fibras, que são encontradas no arroz negro em maior quantidade. Além disso, ele tem poder antioxidante bem maior que o integral.  

O grão apresenta um aporte elevado de compostos fenólicos, flavonoides e antocianinas. Esses antioxidantes são responsáveis por combater os radicais livres, protegendo as células contra doenças crônicas não transmissíveis, mantendo o organismo protegido e em equilíbrio. 

Ajuda a emagrecer?

Sim! Como possui grande quantidade de fibra, o grão proporciona sensação de saciedade, ajuda a queimar calorias e regula o funcionamento do intestino. O alimento pode ser, assim como as outras versões de arroz, combinado com vegetais, carnes e purês, além de ser um ótimo ingrediente para preparações mais elaboradas, como risotos por exemplo. 

A quantidade recomendada por dia do arroz negro depende da necessidade calórica de cada pessoa. O sugerido no consumo médio é de 4 colheres de sopa por refeição; o que equivale a cerca de 80 gramas. Porém, o alimento é contraindicado para pacientes com alterações renais. O ideal é consultar um profissional qualificado antes de consumi-lo. 

Confira, na sequência, os principais benefícios no consumo do arroz negro:

  • Regula o intestino: devido à alta concentração de fibras, o grão ajuda a regular o intestino;
  • Reduz colesterol, controla a glicemia e previne doenças: suas fibras solúveis ajudam a reduzir as taxas de colesterol e prevenir doenças degenerativas, cardiovasculares e câncer; 
  • Protege o organismo dos radicais livres: por ser rico em antocianina, substância responsável pela pigmentação do grão, o arroz negro é um excelente antioxidante e ajuda a proteger o organismo dos radicais livres;
  • Previne envelhecimento precoce: o arroz negro é rico em compostos fenólicos, que ajudam a combater o envelhecimento precoce e prevenir doenças.
  • Por conta de seu alto teor de ferro, o arroz preto é uma excelente opção para o cardápio de quem segue um estilo de vida vegetariano.
  • Por fim, esse tipo de arroz também é rico em magnésio, mineral que auxilia na fixação do cálcio nos ossos.

Como consumir o arroz negro?

Existem várias formas de cozinhar arroz, mas tanto o integral quanto o negro necessitam de um tempo maior de cozimento, devido ao fato de serem mais puros, ou seja; por ainda estarem com suas películas protetoras e não terem passado por nenhum processo de polimento, que é feito com o arroz branco. Muitas pessoas não gostam do arroz integral, pois acham que ele é duro ou que demora muito para cozinhar, até que fique “no ponto”. Com o arroz negro não é diferente, pois como ele contém mais fibras até mesmo que o arroz integral, é preciso ter paciência e seguir os passos corretos.

Sugerimos então preparar o arroz negro igual se prepara macarrão, assim como é feito na Itália: ao invés de fritá-lo com alho e cebola no óleo, deve-se colocar o arroz negro na água fervente apenas com um pouco de sal. Deixe cozinhar de 30 a 40 minutos e depois, escorra. Após o cozimento, adicione um fio de azeite extra virgem e, se for necessário, ajuste o sal.

Mas, para quem não vive sem alho e cebola, também é possível cozinhar o arroz negro no método convencional. Basta fritar um pouco desses ingredientes no óleo ou azeite e depois, acrescentar uma xícara de arroz negro, mexendo até envolve-lo na gordura. Coloque folhas de louro, sal ou temperos de sua preferência e após dourar, adicione três xícaras de água fervente e deixe cozinhar em fogo baixo e panela semi- tampada por 50 minutos ou até que os grãos estejam macios.

DICA DE RECEITA LUZAGO: ARROZ NEGRO COM MANJERICÃO E TOMATE

Ingredientes: 1 xícara de arroz negro, 1 colher de sopa de óleo de cozinha, 1 cebola picada, 3 xícaras de chá de água fervente, sal a gosto, 2 colheres de sopa de azeite, 4 tomates médios maduros cortados em cubos, 4 colheres de sopa de manjericão desidratado, 3 colheres de sopa de castanha-de-caju picada.

Modo de preparo: Aqueça o óleo em uma panela e doure a cebola. Adicione o arroz negro e refogue por alguns minutos. Acrescente a água fervente e tempere com sal a gosto. Deixe o arroz cozinhar com a panela semi-tampada até os grãos ficarem macios (cerca de 50 minutos). Reserve. Em uma frigideira, aqueça o azeite e refogue os tomates picados por alguns minutos Em seguida, tampe e aguarde até os tomates começarem a ficar murchos. Tempere com sal a gosto e adicione o manjericão. Junte o arroz negro cozido, misture bem e sirva com a castanha-de-caju picada por cima.

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