Poucas pessoas sabem, mas o polvilho é derivado de um ingrediente muito brasileiro: a mandioca. Por esse motivo, também é conhecido como fécula de mandioca. Outra curiosidade é que existem duas versões desse alimento: o polvilho azedo e o polvilho doce.
A fécula de mandioca, mais conhecida como polvilho doce, é o amido extraído da mandioca descascada, desidratada e triturada. É um pó fino e branco, muito versátil e parecido com a farinha de trigo, podendo substituí-la em muitas receitas. Ainda, a fécula é altamente nutritiva (especialmente rica em fibras) e não contém sabor marcante.
Qual a diferença entre polvilho azedo e polvilho doce
A grande diferença entre as duas versões de polvilho está na sua fabricação. Tanto o azedo quanto o doce são fabricados a partir da decantação da mandioca, no entanto, o polvilho doce passa apenas pelos processos de secagem e moagem, enquanto o polvilho azedo passa por um processo de fermentação antes de ser moído, o que resultará em um sabor mais ácido e intenso.
Por essa diferença, esses dois ingredientes apresentam aroma e sabor diferentes e devem ser utilizados em receitas específicas. Ou seja, não podemos substituir um pelo outro.
Benefícios da fécula de mandioca (polvilho)
Ajuda a combater a prisão de ventre: A prisão de ventre – ou constipação – é um problema para muitas pessoas e geralmente é causada pela baixa ingestão de fibras. Por isso, o polvilho doce uma boa opção.
Protege a saúde do coração: Além de beneficiar a saúde e o funcionamento intestinal, uma dieta rica em fibras também é importante para o coração. Dessa forma, a fécula de mandioca ajuda a prevenir problemas como a pressão arterial elevada e o acúmulo excessivo de colesterol LDL (mau).
Melhora o humor: A fécula é abundante em triptofano. No organismo, o triptofano é o precursor da serotonina, o hormônio da felicidade e bom humor. Sendo assim, consumir a fécula de mandioca pode ajudar a melhor regular o humor, além de aliviar sintomas de estresse, ansiedade e depressão.
Protege a saúde do cérebro: O polvilho doce também contém grande quantidade de ácido fólico, ou seja, de vitamina B9. Em resumo, essa vitamina está relacionada à saúde do cérebro, bem como de todo o sistema nervoso. Portanto, ajuda a prevenir doenças neurodegenerativas, além proteger o organismo como todo.
Em resumo; por ser um derivado da mandioca, o polvilho azedo é rico em carboidratos, a principal fonte de energia para o corpo realizar todas as suas funções. Outro fator nutricional importante é a presença de vitaminas do complexo B, essenciais também pra geração de energia e para o desenvolvimento saudável do corpo.
O polvilho azedo não contém gorduras e é livre de glúten, por isso, pode ser utilizado no dia a dia de pessoas com doença celíaca, ou que pretendem diminuir o consumo dessa proteína.
Como consumir polvilho azedo
Como o próprio nome indica, tem um sabor mais ácido do que o doce, o que confere um gosto mais intenso às preparações. Além disso, ele permite que se formem bolhas de ar dentro da massa, fazendo o papel do fermento, de modo que ela cresça mais e fique mais leve. Dessa forma, o pão de queijo feito com polvilho azedo apresenta grandes “buracos” em seu interior, podendo até mesmo ficar oco.
Assim, seu crescimento faz com que ele fique deformado em vez de redondo, além de ser mais seco e ter o sabor mais marcante. Em função dessas características, é comum que diversas receitas levem os dois tipos de polvilho, de maneira a obter um equilíbrio entre as propriedades de cada produto.
O polvilho azedo é muito conhecido por ser ingrediente de uma das receitas mais queridas do Brasil: o pão de queijo. Mas, por ser um ótimo substituto da farinha de trigo, pode ser utilizado em diversas receitas culinárias, incluindo o famoso biscoito de polvilho, pães, rosquinhas, chipas e crepioca.
Como consumir polvilho doce
Por ser um derivado da mandioca, o polvilho doce é rico em carboidratos, a principal fonte de energia para o corpo realizar todas as suas funções. Outro fator nutricional importante é a presença de vitaminas do complexo B, essenciais também pra geração de energia e para o desenvolvimento saudável do corpo. O polvilho doce não contém gorduras e é livre de glúten, por isso, pode ser utilizado no dia a dia de pessoas com doença celíaca, ou que pretendem diminuir o consumo dessa proteína.
De sabor suave, o polvilho doce confere elasticidade aos pratos, funcionando como uma espécie de cola que dá liga aos demais ingredientes. Por isso, ele é indicado para o preparo de biscoitos, tapiocas e pães que necessitam de uma textura mais cremosa. Em função de suas características, se usado sozinho no pão de queijo, por exemplo, o polvilho doce resultará em pãezinhos de formato redondo, compactos e massudos, que se tornam “borrachudos” quando esfriam.
DICA DE RECEITA LUZAGO: PÃO DE QUEIJO CROCANTE COM POLVILHO AZEDO E DOCE
Para que seu pão de queijo cresça bastante, tenha um sabor intenso e ao mesmo tempo mantenha o formato redondo e não fique seco nem massudo, a dica é misturar polvilho azedo e doce na hora do preparo.
Ingredientes: 500 gramas de polvilho azedo, 500 gramas de polvilho doce, 600 ml de leite, 200 ml de óleo, 3 ovos, 1 xícara de queijo ralado, sal à gosto e óleo para untar.
Modo de preparo: Misture o polvilho doce e o polvilho azedo em uma tigela grande, acrescente o sal e reserve. Leve o leite e o óleo para ferver e despeje-os bem quentes sobre o polvilho, mexendo até misturar. Espere a mistura esfriar e adicione os ovos e o queijo ralado. A massa vai ficar bem grudenta. Sove-a com as mãos até ela parar de grudar e se soltar da tigela. Faça as bolinhas, coloque em uma forma untada e leve para assar em forno pré-aquecido a 200 graus por cerca de 30 minutos.